Muito Amor no coração
Flauzineide
Angicos
Aqui cheguei sentindo ainda
O gosto do sal da minha doce terra,
Meu corpo bronzeado
Pelo sol da minha prainha,
Uma saudade imensa
Do luar das minhas areias brancas
Assim cheguei em Angicos,
Junto vieram as lágrimas
De saudade do que havia
Deixado para trás
O Educandário São Tarcisio
Minha escola querida
Que foi substituída pelo
Grupo Escolar Professor Francisco Veras
As amizades de lá
Que se somaram
Às amizades de cá.
O inesquecível por do sol
Refletindo nas águas do meu mar
E todo aquele visual
Que uma praieira bem conhece.
No inicio foi bem difícil
Mas os adolescentes de Angicos,
Aqueles dos anos 60
Receberam-me
Com um grande
E afetuoso abraço
Com um calor
Mais que humano
E com a convivência
Do dia-a-dia
Aprendi a amar Angicos
Que já invadia meu coração
Substitui os banhos de praia
Pelos banhos no “açude velho”
Os mergulhos nas ondas
Pela cachoeirinha da loca de “Mãe Donça”
Não subi mais os morros das areias brancas
Mas conquistei outras alturas
Escalando as pedras que encontrei pelo caminho
A pracinha
Ah! A pracinha daqui
Também era perto da igreja
Tudo isso somado
As grandes amizades aqui construídas
Fizeram de mim uma angicana quase nata,
Aqui fui adotada por Angicos
Que invadiu também minha alma
Em mim se entranhou
E fez de mim
Uma filha devotada
“A padroeira de Angicos”
(assim fui chamada por uma alma do bem que mora em Assu)
Incapaz de negar
Qualquer beneficência
A nem um ser
Desse amado chão alicerçado por pedras preciosas
Pessoas do bem.
É! Angicos, eu falo bem de ti,
Em todo e qualquer lugar
E faço o que posso
Para te ver bem
Como se todo o descrito acima fosse pouco
Casei-me com um filho teu
E fizemos surgir uma nova, linda e abençoada família
Moura Machado
Que perpetuará o amor a essas duas terras queridas
Areia Branca as águas
Angicos as pedras
Eis aqui o resultado:
“Água mole em pedra dura”
E muito amor nos corações
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