Fim
de Ano – começo dos recomeços.
(Por Maria Antonia Bezerra da Silva – Autora de “pétalas de sonhos”, 2003 “Ler, Pensar e Construir” – 2005; “poemas na Areia” – 2009)
(Por Maria Antonia Bezerra da Silva – Autora de “pétalas de sonhos”, 2003 “Ler, Pensar e Construir” – 2005; “poemas na Areia” – 2009)
Rebuscando folhas do
passado, Repassando a limpo antigas opiniões, Velhas opiniões, sonhando velhos
sonhos A gente aprende lições que durante anos, não fomos capazes de aprender.
A peleja da vida, os momentos tristes, os passos em falso, as ilusões, as
frustrações, até os breves momentos de solidão são totalmente esquecidos quando
uma lição verdadeira e necessária enfim acontece na nossa vida. Caminhos de
pedras, flores cheias de espinhos, nuvens negras agora não precisam povoar a
vida de quem aprende que “viver” não é simplesmente viver da espera de um
futuro que nunca chega, de alegrias passageiras, de sorrisos supérfluos...
Somos corpo e alma, precisamos de coisas que o dinheiro não compra, que a
aparência não preenche, que outro ser humano não completa. Somos filhos de
Deus, e aprendemos na alegria ou na dor que existe um “ser” que nos completa,
que nos transforma, nos melhora e nos e nos molda, a cada dia, a cada prece, a
cada esperança na vida, no amor e no poder do grande amigo que jamais nos
abandona. Então, nessa mensagem de fim de ano, abro meu coração para falar dos
votos de um novo começo ou recomeço para todas as coisas que já estão dando
certo. Agora, refletimos juntos sobre aquilo que estamos adiando, seja uma palavra
amiga, um abraço, um carinho, um olhar atento a um irmão que passa ao nosso
lado. Uma oração que pensamos em fazer, aí bate o sono, o cansaço, e adiamos.
As vezes, pensamos em realizar aquele sonho que por tanto tempo, estivera
guardado em segredo, mas por um motivo qualquer deixamos para depois. Bater um
papo com um amigo, fazer uma caminhada, olhar o sol de fim de tarde,
reconquistar uma amizade perdida, rever o mar, escrever um verso, acolher quem
precisa apenas de nossa atenção, plantar uma sementinha, pedir perdão a alguém,
que sem perceber, magoamos. São tantas pequenas coisas que poderíamos
recomeçar, restituir, reviver, reconsiderar, e reaprender a sermos puros tal
qual fomos um dia, na infância. Com passos de bebê, cada gesto, uma conquista, cada
passo, um degrau, seríamos assim novamente recarregados dessa força misteriosa
que nos impulsiona a sermos cada vez melhores, a querer ultrapassar o estágio
de fraqueza humana, de egoísmo, de individualismo, de arrogância, de superar os
outros, o de saber mais, o da vaidade, de correr mais que o tempo, de atropelar
os sentimentos alheios para mascarar nossa vulnerabilidade. Minha amiga, meu
amigo, sejamos assim, simples, recomeçando tudo outra vez, sem medo de cair a
mesmice de estar no mesmo lugar por tanto tempo. Que sejamos assim, arraigado
às idéias que são nossos pilares, aqueles que são as nossas raízes, nossas
origens. Os anos idos não importam mais, nosso espírito é que precisa ser jovem
para que o nosso sorriso nunca desapareça, a alegria infantil não se perca, as
lembranças benfazejas não desapareçam do coração. Para que esconder o desejo de
correr pela praia, afofar os pés na areia úmida e esquecer pensamentos
incômodos. Para que amarrar a “cara” e negar um “oi”, um “bom dia” para alguém
que você conhece apenas de vista? Existe coisa melhor do que acordar cedo,
observar a vida, cumprimentar um estranho, sentir que esse é o momento que não
se repetirá mais em sua vida, por que não fazê-lo com entusiasmo? Que tal,
buscar fazer um amigo a cada oportunidade, quem sabe assim possamos superar o
número de inimigos naturais que acumulamos em nosso dia a dia? E enfim,
pensamos em como é bom termos amigos, contarmos com amigos quando precisamos,
que tal sermos esses amigos? Por que amigos são aqueles seres que enchem nossa
vida de sentido, que nos ouvem, nos fazem sorrir com bobagens, que preenchem
nossos dias e nos fazem acreditar em sonhos perdidos. E quando esses amigos não
conseguem preencher aquele vazio estranho, aquela sensação vazia, de “confusão
mental”, aí sim, aquele amigo invisível aos olhos, mas de dentro do coração,
nos preenche através da fé, que nos compreende, nos ouve, nos perdoa, nos ama
acima de todos os defeitos e nos enchem de qualidade. 2009 chega ao seu final,
e esse momento de reflexão nos proporciona mais uma chance do recomeço, do
perdão, da mudança de opinião, das lembranças, de quebrar as “amarras” dos
“prés”, de conceitos, de juízos, de tudo que nos forçam a viver uma vida muito
mecanizada. Que tal olharmos em nossa volta, e como num passe de mágica, o
olhar transforma-se numa “ótica poética”, onde só as coisas belas possam ser
admiradas. Onde a vida seja menos complicada, mais intensa, mais feliz. Fim de
ano, mas recomeço para novas aventuras. A doce e bela aventura de viver. Sejamos
felizes, assim, simplesmente dessa forma única de sermos meros seres humanos,
que buscamos incessantemente sermos melhores, mais felizes, mais solidários,
criativos, amigos e abertos ao novo. Que venha um 2010 repleto de tudo o que
mais desejamos.
Fim de Ano – começo dos
recomeços.
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