quinta-feira, 2 de outubro de 2014
domingo, 28 de setembro de 2014
Parabéns Leda Varela. feliz aniversário!
Lêda Marinho Varela da
Costa
Maria
Era pesado o ferro de engomar,
Brasas vermelhas espalhavam calor
E rosto de Maria era o reflexo da dor.
Face sofrida
E semblante embrutecido
Anestesiavam seus sonhos
E Adormeciam sua emoção,
Ah, ferro a carvão!
Queimava roupas,
Queimava a vida de Maria
E como ela sofria!
Sorriso calado.
Corpo cansado
Quase sem força para soprar aquele fogo
Que não podia apagar,
Maria tinha que engomar!
E as fagulhas deixavam suas marcas
Nos caminhos que percorria,
Com horizontes fechados para a sua vida.
Cadê saída?
Lembro-me de você, Maria
Quando me envolveu num cobertor
Apagando o fogo que me consumia,
Fazendo voltar a minha alegria.
Dentro de seu jeito rude
Experimentei essa prova de amor,
Que revelou sua essência.
Com tão pouca transparência,
Quero tanto revê-la, Maria,
Recordar coisa da minha infância,
Quando você me benzia com raminhos,
Declamando orações,
Recitando ladainhas.
sábado, 27 de setembro de 2014
Quero - Aldenita Sá Leitão, poetisa potiguar
QUERO
Aldenita Sá Leitão
Quero um silêncio repousante
que não quebre
o encanto enigmático da solidão...
Quero música terna
que desperte recordação
dos melhores momentos comungados...
Quero perfume suave
que preencha a inolvidável lembrança
das ausências...
Quero a inquietação do pensamento
Retornando tempos,
Percorrendo distâncias...
Quero uma noite azul
para que possamos lembrar
o dourado do sol...
Quero sabedoria
para penetrarmos
no mundo misterioso de nós mesmos.
Quero um olhar agradecido
para felicidade que lhe somos...
Quero um sorriso menino
para que sintamos
a vida renascendo...
Quero amor-ternura
para que possamos perceber
a plenitude da vida...
Quero Deus mais perto
para sentirmos que não estamos sós
quando estamos sem ninguém...
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Sorri - Flauzineide poetisa potiguar
Sorrir
Sorri com o
coração,
Ao
contemplar
O céu azul
Do meu mar.
O verde dos
coqueiros,
Das matas,
Da
tamarineira,
Encheram-me
de esperança...
Sorri,
E vi que
tudo era pequeno
Diante da
grandeza
Daquele mar!
Sorri,
E senti que
tudo era pequeno
Comparado
À minha
forma de amar
Flauzineide
de Moura Machado
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
A dor dos pássaros - Maria Maria, poetisa de Currais Novos
A dor dos pássaros
Como a dor de certos pássaros no
exílio de seu azul,
minhas asas rumam tontas:
norte, oeste, leste e sul.
Vou soltando finos linhos de
algodão branco e marfim.
As idéias viram contas no meu
universo nanquim.
Vejo pedras.
Faço amuletos do chão seco que me
chama.
Quero o sol desse começo,
sono leve em minha cama.
Vôo nas asas das andorinhas vendo
a noite pousar cantando.
Sei que estou em pleno inverno
sem amor,
mas sempre amando.
Maria Maria
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