quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Projeto: Difusão da Literatura Feminina Potiguar - TEMA: Escritoras Potiguares - VI Amostragem -

Cláudia Santa Rosa

A escola pública pode ser de qualidade

Educação, Saúde e Segurança pública são considerados “serviços” dos mais essenciais. São áreas que deveriam receber a devida atenção do poder público, mas, contraditoriamente, vivem sucateadas e imersas em enormes dificuldades. Não custa lembrarmos que a população paga a conta desses e de outros serviços, bem como da máquina pública, para os gestores administrarem de forma competente, encontrando as soluções que não a prive de seus direitos. Logo, o controle social, apesar de mal digerido por alguns gestores, é completamente legítimo.
No que diz respeito à educação, vivemos um momento em que se faz necessário o Estado brasileiro transcender a condição de flagrante negação às suas crianças, adolescentes e jovens do direito de aprender e de ter acesso aos bens culturais da humanidade. A falta de capacidade de gestão da educação pública é coroada por uma espécie de culto à cultura do fracasso, pela prática do improviso, das oscilações nos encaminhamentos, indefinições, descontinuidades, ausência de propósitos, que, aqui e acolá, tem alcançado patamares assustadores.
É um fato concreto: as dificuldades enfrentadas e que atingem a maioria das escolas são de proporções que carecem atenção especial da sociedade e engajamento para as transformações, sob pena de nos depararmos diante de um caminho sem volta e de um pseudodesenvolvimento, em se tratando de um país de economia emergente. É bem verdade que a realidade educacional preocupa, tanto quanto rende bons discursos que a situam como sendo prioridade. Porém, as práticas de alguns gestores, por vezes, são contraditórias e carregadas de pitadas de dissimulação, ao tentarem mascarar a realidade, revelando a flagrante falta de compromisso e de vontade política para as soluções definitivas.
Ano após ano tem-se lamentado e discutido as condições precárias impostas às escolas, que vão desde as limitações dos espaços físicos dos edifícios, tecnologia obsoleta, falta de bibliotecas e laboratórios, quadro de profissionais incompleto ou preenchido de forma questionável, rotatividade nas equipes, ausência de projeto político-pedagógico, até um processo educacional conduzido por educadores (as) desprestigiados (as), ávidos por convencerem os governantes da pertinência de um piso salarial que não chega a dois salários mínimos. Uma lástima! Pensar numa escola pública de qualidade passa pela superação de tais mazelas, pela definição de metas e controle de resultados. Parece que andamos na contramão, pois tem sido comum secretarias de educação fecharem escolas por considerar o número de alunos abaixo do desejável ou racional, mas nunca vimos tal medida acontecer pelos sucessivos fracassos de unidades escolares quanto ao cumprimento de metas e de resultados de aprendizagens. Diante desse cenário, concluímos, sem muitos esforços: sem políticas de Estado há de se ter, tão somente, experiências pontuais de escolas públicas de qualidade, resultantes de projetos erigidos por comunidades que se emancipam e estabelecem metas para a qualidade, lançando-se ao desafio de fazer diferente, de produzirem um rompimento com as estruturas burocráticas e massificadoras. A ausência de políticas de Estado condiciona, pois, a qualidade da escola à decisão da sua equipe e ao controle social interno, expressado pela vivência do princípio da co-responsabilização de cada integrante da comunidade em relação ao seu próprio projeto político-pedagógico. Talvez esse quadro esclareça e justifique as razões de algumas escolas cumprirem a sua função social e outras não, mas também impõe ao Estado brasileiro repensar o que tem sido feito no âmbito das secretarias de educação, que é o exercício do questionamento sobre o papel de tais estruturas.
Escrito por Cláudia Santa Rosa


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ELIZABETE JOTA DA SILVA


Nascida em 17-09-1924, do signo de virgem, no sítio Água Doce município de Santana do Matos. Água Doce era distante 30 quilômetros do município de Santana do Matos.
Filha de Joaquim Jota da Silva e Francisca Nunes da Silva.
Sempre foi uma criança alegre, gostava muito de se comunicar, e desde pequena que gosta de poesias, sempre fez suas poesias mais não ligava pra escrever as mesmas. Fazia só pra se distrair, e fazer o seu pai sorrir, pois o mesmo adorava literatura de cordel.
Quando tinha 7 anos de idade fez uma poesia para seu pai. Ela tinha muita vontade de estudar, mais as condições do seu pai eram poucas. Um belo dia ele saiu pra fazer a feira e chegou com um caderno, um tinteiro, uma caneta e a carta de ABC, ai disse tai minha filha pra você aprender a ler e escrever e fazer poesias pra mim. O meu agradecimento a ele foi em forma de poesia.

Pai eu não tenho nem palavras
Para lhe agradecer
Pois era o que eu mais queria
Saber lê e escrever
Para fazer poesias.
E recitar pra você.

Ai começou a minha história. Aprendi a ler sozinha mesmo, exceto a orientação dos vizinhos com o pouco que sabiam me ensinava. Naquela época um vizinho era um irmão, todos unidos. A maldade e ambição não existiam, e se existia ninguém conhecia, e fui crescendo sempre alegre, feliz com o pouco que meus pais me davam porque não era só eu de filha, éramos 6 irmãos.
Casei aos 15 anos de idade, com José Gomes de Barros, ele com 19 anos. Dessa união tivemos 15 filhos, que já me deram 18 netos e um bisneto. Há 45 anos resido no município de Angicos. Considero-me angicana de coração, pois foi aqui nesta cidade onde criei os meus filhos, onde eduquei a todos, e só não aprendeu quem não quis. Nunca fiz diferença entre meus filhos. Dei carinho por igual.
É aqui em Angicos que se encontra sepultado o meu esposo falecido em 19-04-1980 e um filho falecido em 29-02-2000.
Não tive oportunidade nos estudos, porem aprendi a ler e escrever o suficiente para registrar o dom que deus me deu, que é de fazer poesia e mostrar meus sentimentos. Pra se fazer poesia tem que ter inspiração. Tem que brotar da alma esse sentimento lindo que é a poesia. Pra nós que somos poetas, a poesia é o alimento da nossa alma.
Eu sempre digo que poesia é Arte, e Arte é um dom divino onde o artista precisa apenas aperfeiçoar pondo-a em prática. No inicio, eu fazia as minhas poesias no decorrer das minhas atividades de dona de casa, aproveitando sempre uma conversa com amigos ou mesmo com a família pra descontrair e passar o tempo.
Em 1997, Angicos completava 61 anos de emancipação política. Nesta época meu filho Júnior fundou o jornal central em 1997, lembro que ele entrou com os braços cheios de exemplares. Eu fui lendo o jornal e senti vontade de escrever as minhas poesias no jornal quando vi uma poesia de um grande poeta de Mossoró chamado Crispiniano Neto. Lendo aquela poesia vi que ele tinha o meu estilo, e ai criei coragem e comecei a colocar pra o povo os meus sentimentos, a minha Arte.O Jornal Central me ajudou muito no decorrer da minha vida, tive muitos incentivos de amigos como Aclecivam, que o tenho como um filho, pelo respeito que ele tem comigo, e de muitos amigos que sempre me deram carinho. É esse amor de cada um que me motiva a continuar fazendo as minhas poesias. O apoio também dos meus filhos, dos meus netos também tem sido fundamental. É com incentivo deles que penso em publicar o meu primeiro livro de poesias. Aos 84 anos de idade, lúcida no agir, no falar e no escrever, continuo sempre procurando ser justa nas minhas atitudes. Sei que o mundo avançou muito, está moderno, mas eu estou acompanhando esse avanço, com minha simplicidade mais sempre rezando e pedindo a Deus a proteção não só pra minha família, mais pra todos os meus amigos, e também pra essa juventude que tanto necessita de proteção do Senhor. Eu costumo dizer que a velhice é uma continuidade da vida, as pessoas vão perdendo coisas pelo caminho, mas as idéias permanecem vivas em nossa mente. Sinto-me jovem. Gosto de me sentir assim conversando com os jovens, e mostrando pra eles que a vida não é só festas e badalações. A vida é saber viver sempre procurando estudar para ser um cidadão de bem, pra não ter que mendigar esmola de político, pra ser homem de verdade, sem procurar pisar ninguém.Que é preciso incluir Deus na nossa história. Basta que objetivamente peçamos sua sábia orientação para guiar-nos em nosso futuro. Depois não fique reclamando que o tempo passou, e você não fez nada da vida. Hoje o que se vê são muitos desses jovens descrentes de tudo. Não os vemos na igreja. Eu gosto da juventude, por isso a minha preocupação. Mesmo com essa idade, tenho muito orgulho dos meus 84 anos, pois Deus tem me dado uma família linda da qual me regozijo de todos os meus filhos, dos meus netos e meu bisneto. Sou feliz com cada um deles, porque a família é a base de tudo. Em meio a um mundo de agitação e incerteza, devemos fazer de nossa família o centro de nossa vida e a nossa maior prioridade. A família encontra-se no centro do plano do Pai Celestial. A seguinte afirmação extraída de “A Família — Proclamação ao Mundo” declara quais são as responsabilidades dos pais para com a própria família. Acho que eu disse tudo que eu tinha pra dizer da minha família da qual é a razão maior do meu viver, mesmo ficando viúva aos 56 anos continuei sendo essa mulher que sempre primou pelo bem-estar da família. Sou admiradora dos grandes cantores que também são compositores, Geraldo Azevedo, Nando Cordel, Jorge de Altinho, Zé Ramalho, Fafá de Belém. Sou uma mulher que gosto de pessoas honestas, acho a honestidade um valor essencial, para mim a honestidade torna as pessoas mais integras em todas as atividades ou relacionamento no qual estejam envolvidos.
Fonte: Blog da Escritora.


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Maria do Socorro Fernandes

Eu Amo Areia Branca



Um dia sonho voltar:

Andar livre pela praia e poder contemplar o
Mar, lá na praia de Upanema
Onde eu encontro o verdadeiro

Amor de Deus presente na natureza
Real, vivo, nos afirmando a louvar e dizer
Ele é o rei, o todo poderoso que
Irradia nossa vida enchendo-a de
Alegria, esperança, caridade

Bondade e Paz porque a
Realidade dos que nele crêem é cheia de
Amor verdadeiro e
Nada pode acontecer a quem
Confia naquele
Adorado pai que é Deus!

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Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Para o artista João Werner(*)
Pipas (II)
Pipa é sonho em cor e forma,
movimentos alados,
papel de seda ,tesoura, cola,
varetinha de bambu, fio, rabiola...
Crianças correm, as pipas voam,
elas pensam que são elas...
Mais tarde, seus pais e manos mais velhos,
com a desculpa de ensinar,
vivem de novo a infância
e se permitem voar...
E se sentem em paz...

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Ana Trajano

Ana Trajano é natural de Nova Cruz (RN). É graduada em Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba. Atuou nos jornais de João Pessoa, como repórter e chefe de reportagem. Na década de 1990, foi morar em Recife (PE). Hoje reside em Olinda. É casada e tem duas filhas, Ana Luiza e Maria Eduarda, a quem dedica o livro. Ela se diz uma apaixonada pelo folclore e cultura popular de Pernambuco. Tem três livros no prelo: "Criança brincando de fazer criança" sobre gravidez na adolescência, e um livro de crônicas e poesia infantil sobre a paz". (Adriana Crisanto)
Primeira pessoa



Eu estou em D(eu)s
Eu estou no C(éu)
Eu estou no at(eu)
Eu estou no V(éu)
de ilusão

Que separa de Deus
Que tira do Céu
Que faz ser ateu
Que oferece a ação


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

UM PÁSSARO DE DEUS! UM NOME QUE VEM DE AREIA BRANCA PARA DIVULGAR A LITERATURA E A CULTURA DO RIO GRANDE DO NORTE - FLAUZINEIDE DE MOURA MACHADO!






MINHA HOMENAGEM A QUEM SABE DIVULGAR A CULTURA,
EMPRESTANDO AO SEU BLOG, POESIAS E POETAS, ARTISTAS
EM GERAL, CULTURA E LITERATURA!!!


FLAUZINEIDE DE MOURA MACHADO

NESTA ROSA, APENAS A ROSA,
UM POEMA SEM PALAVRAS




FLAUZINEIDE DE MOURA MACHADO


Ela veio do lindo município de Areia Branca - RN,
tendo, como seus amados pais: Francisco Marques de Moura
e Maria Eulália de Moura.Seus estudos preliminares realizaram-se no
Educandário São Tarcísio, de areia Branca/RN,
concluindo o Primário no Grupo Escolar Prof. Francisco Veras,
em Angicos/ RN e o Ginasial no Colégio Prof. Roberto Lisboa,
no Rio de Janeiro - RJ. Em 1975 diplomou-se professora,
pela Escola Normal de Mossoró/RN. Casada com Alderi Machado, teve três filhos: Alderi Filho,
Mona Lisa e Kelycia. São seus netos: Ana Eulália e João Neto.Formada em Pedagogia, fez habilitação em Administração Magistério das Matérias Pedagógicas e
Supervisão Escolar. Funcionária Pública Estadual
com funções diversificadas, desde Professora de Literatura
Infantil e Sociologia na Escola Estadual
José da Penha e João Câmara. Professora com larga visão
e experiências por vários municípios do RN.Vice-diretora do Centro Escolar Poeta Renato Caldas,
em Açu/RN; Diretora do Centro de Ensino Supletivo
Lia Campos em Natal. Assessora de Gabinete do Secretário
de Estado e da Cultura SEEC/RN.
Ministrou cursos no Programa Nacional de Incentivo à Leitura
-PROLER/RN-2002. Sempre atuante, exerce o papel de Suporte
pedagógico na Escola Estadual Berilo Wanderley,
voltada para a Literatura Infantil e a Prática de Ensino. Eterna dedicada à cultura, foi importante elo no Festival
de Cultura do Instituto Pe. Ibiapina I FESTICIPI - Açu/RN,
Acervo Cultural do Menino Jesus I ACERCUMJE - Açu/RN -
Centro de Atenção Integrada à Criança e ao Adolescente
- Açu/RN. I e II CAICULTURA ; Festival de valores
do Lia Campos - I FESTIVALIA – Natal -
Festival de Leitura do Berilo I -II FESTILEIB
- Natal - Projeto: Difusão de Literatura Feminina Potiguar,
desenvolvido desde 2003. Autora de muita coisa boa, inclusive,
“Poética Minha” e “Plenitude”, escritos com os quais desenvolve suas
experiências pedagógicas. Dedicada à Linha de Pesquisa,
desenvolveu: Práticas Pedagógicas e Curriculares
- Base de Pesquisa/ Currículos, Saberes e Práticas Pedagógicas
e Educacionais / Programa de Pós-Graduação em Educação
- NEPED – UFRN - 2006 e 2007.



FLAUZINEIDE DE MOURA MACHADO




ASSIM COMO A SINFONIA DOS PÁSSAROS, OS

VERSOS DE FLAUZINEIDE MACHADO SÃO COMO

EVOCAÇÕES E PRECES!




TU ÉS MEU CANTAR

Por mais que busque

Viver o presente

São fortes as lembranças

Do meu lugar.

Meu passado,

Minha praia,

Minha infância,

Minha gente,

Minha mente vibra feliz a recordar.

São fortes as lembranças

Do meu mar,

De minha terra querida,

Do sal do meu lugar,

Do sol da minha praia,

Das noites de luar.

Por mais que busque

O presente,

É na lembrança

Que acalento

A saudade

De minha terra querida,

Areia Branca, tu és meu cantar!

Flauzineide

Matéria do blog de Lúcia Helena Pereira: http://www.outraseoutras.blogspot.com/

Querida poeta Lúcia Helena,

estou muita grata por tão amável homenagem.

Parabéns, você é própria poesia...

Muito obrigada,

Flauzineide

domingo, 8 de fevereiro de 2009






Convite


A Associação Poetas na Praça, convida o poeta para participar do grandioso evento, o 14 de Março, DIA NACIONAL DA POESIA, em homenagem ao 162º. Aniversario de nascimento do poeta Castro Alves.
Já há décadas realizamos com poetas do país e vindos de outros paises. Possibilitando o intercambio cultural vivo, trocando informações do que é de novo da nova linguagem poética.




Programação


Local – Praça Nacional da Poesia ( Piedade ) Salvador, Bahia, Brasil

08 H. Abertura da exposição dos artistas plástico, Paulo Cica e Bel Cica
09 H. Recital dos Poetas na Praça
10 H. Lançamento de livros e recital de poetas convidados
11 H. Criançarte ( Trabalho pedagógico com crianças )
12 H. Lançamento da Coletânea dos Poetas na Praça, em homenagem a Castro Alves


13 H. Show musical - Voz e violão – Ricardo indiano


Distribuição de rosas, pôster, biografia de Castro Alves
14 H. Show musical – Banda Eletroteck, Jazz, Blues
15 H. Dança – Movimento In Cena – Vinicius In Bossa
16 H. Show Folclórico – Grupo Iuna
17 H. Recital aberto




Sede – Rua Carmosina, 17, Barros Reis, Salvador, Bahia, Brasil
Tel. 5571 33811340/ 5571 88042608
poetasnapraca@hotmail.com






sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

PROJETO DIFUSÃO DA LITERATURA FEMININA POTIGUAR - ESCRITORAS POTIGUARES - V AMOSTRAGEM


CLÁUDIA SANTA ROSA


Cláudia Sueli Rodrigues Santa Rosa é norte-riograndense, nascida em Natal, no dia 09 de abril de 1971, mas naturalizada em João Câmara. Filha única, até os 10 anos, tem duas irmãs e teve na sua mãe e avó materna as suas principais referências de valores e dignidade. De família muito simples e vivendo no interior, desde os 7 anos estudou em escolas públicas, municipais e estaduais e em 1988 concluiu o Curso de Magistério, o ensino médio profissionalizante. Já em 1989 fez concurso público para o magistério da rede estadual, assumindo as suas atividades docentes em fevereiro de 1990, numa das escolas que havia estudado. Dois meses depois casou-se com Hélio de Menezes Santa Rosa, transferindo-se para o Município de São Rafael/RN, cidade em que permaneceram por quase 1 ano, passando a residir, definitivamente, em Natal. De 1991 a 1997 trabalhou na Escola Estadual João Tibúrcio, no bairro do Alecrim, instituição que lhe serviu de laboratório para fecundas experiências na área de educação, considerando que em 1995 licenciou-se para o magistério das séries iniciais quando atuava em sala de aula. Em 1996 ajudou a fundar a Cooperativa de Professores do Rio Grande do Norte e a Escola Freinet, dirigindo esta última durante os seus quatro primeiros anos. Apaixonada pelos estudos e focada na sua qualificação profissional, em 1999 concluiu a Pós-graduação em Psicopedagogia, na primeira turma da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. Foi também pela mesma Universidade que concluiu, em 2004, o Mestrado em Educação, com uma dissertação a partir dos seus estudos sobre a pedagogia Freinet nos anos finais do ensino fundamental. Em 2004 iniciou o Doutoramento em Educação, realizando estágio de seis meses na Universidade do Porto – Portugal e a pesquisa na Escola da Ponte, instituição pública daquele país. Em abril de 2008 defendeu a sua tese de doutorado, recebendo conceito máximo e indicação para que o texto seja publicado.
São objetos principais das suas pesquisas e reflexões, os pressupostos teóricos das escolas democráticas e as práticas pedagógicas emancipatórias que atendem ao projeto político-pedagógico de construção da escola pública de qualidade social, a escola de todos (as). Cláudia Santa Rosa, como é mais conhecida, foi uma das fundadoras da Associação Brasileira para Divulgação, Estudos e Pesquisas da Pedagogia Freinet – ABDEPP/Freinet, onde assumiu a Diretoria de Projetos (2000-2003) e a Coordenação Nacional (2003-2005), instituição vinculada a Federação Internacional dos Movimentos de Escola Moderna – FIMEM. Atualmente coordena projetos desenvolvidos em escolas públicas, através do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), organização não-governamental que é uma das associadas fundadoras; mantém as suas atividades na rede pública estadual, presta consultorias e assessorias pedagógicas para instituições particulares, governamentais e não-governamentais, além de realizar, em todo país, palestras cursos e oficinas pedagógicas voltadas para a formação continuada dos profissionais da educação.
As suas idéias podem ser conferidas em uma série de artigos publicados em jornais, revistas, capítulos de livros e no blog que mantém na internet. Os seus posicionamentos sobre educação tem sido fonte para inúmeras matérias publicadas em jornais, revistas e telejornais.






Uma praga na gestão pública.

Cláudia Santa Rosa

(Texto publicado na edição do dia 17 de julho de 2008, p. 02 - jornal "Diário de Natal").



Sempre fiquei a me perguntar sobre a real necessidade de tantos cargos em comissão, encharcando a máquina pública, especialmente por serem transitórios e por vezes extemporâneos. Apesar dos governantes serem escolhidos pelo voto direto, causa indignação saber que esses cargos são remunerados pela população e acompanhar a forma grotesca como são criados, negociados, rateados e até extinguidos, sugerindo se tratarem de propriedade da esfera privada dos gestores e concatenados com escolhas político-partidárias. Tanto é assim, que é comum se ouvir dizer: “eu estou ministro”, “eu estou secretário”, “eu estou coordenador”, “eu estou assessor”, “eu estou, eu não sou”; ou mesmo: “o cargo é do prefeito”, “o cargo é do ministro”, “o cargo é da governadora”, “o cargo é do presidente”, ou ainda: “estou nas mãos do meu líder e para onde me mandar estarei muito bem,” “a minha exoneração foi justificada por existir incompatibilidade política.”
É impressionante a quantidade de cargos em comissão que se extintos fossem, não alterariam em nada a qualidade da gestão, porque, geralmente, são cargos criados para amparar conveniências, nutrir paternalismos/clientelismos, massagear o ego e remunerar pretensos bajuladores. A verdade é que os efeitos nefastos desses cargos incidem sobre a baixa capacidade de sustentabilidade da gestão pública, considerando as descontinuidades abruptas e as alternâncias do poder.
O cargo em comissão parece ser mesmo uma praga, jogada pelos deuses do atraso e da submissão sobre a gestão da coisa pública. Explico: separando o joio do trigo, geralmente, sobra um caldo muito fraco para promover os impactos que se espera sejam decorrentes da atuação do especialista, do profissional capaz de tornar perenes as políticas públicas. Lamentavelmente, nos momentos de escolhas dos agraciados para os tais cargos, é comum postergar o conhecimento dos postulantes, a competência naquilo que será objeto da labuta diária, em nome de uma estranha versatilidade que os permitem transitar de um lugar para outro, de acordo com os interesses de quem os nomeiam.
A metáfora do time de futebol ou da equipe de basquete, entre outros, além de permitir a reflexão sobre a importância da percepção de conjunto que cada um deve ter, evidencia a proeminência do papel do especialista, da sua competência e profissionalismo para o sucesso de uma jogada, para a definição de uma partida e para que todos ganhem o campeonato. Os desajustes são quase sempre fatídicos, quando o gestor do time ou da equipe recorre ao critério da “versatilidade” e altera as posições dos seus jogadores, complicando-se, ainda mais, se a inconstância fica escancarada e corriqueira.
Alguns dirão, certamente, que os volúveis cargos estão protegidos pelo artigo 37 da Constituição Federal, o que é verdade. Entretanto, trata-se da mesma letra que dispõe sobre a aprovação em concurso público para “a investidura em cargo ou emprego público”
e sobre “as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo”. Retomo a idéia de sustentabilidade da gestão pública para defender o investimento do Estado no profissional de carreira, na sua permanente atualização, no tratamento digno que lhe deve ser creditado. Continuo a acreditar no servidor do quadro, aquele que é capaz de garantir a perenidade das políticas públicas, atuando no âmbito da função que ocupa, por pelo menos três décadas.
É plausível, pois, que cada governante escolha os seus auxiliares mais diretos: ministros e/ou secretários, mas é inadmissível que, inexplicavelmente, o Estado continue a alimentar um formato ultrapassado: o da cadeia de ocupantes de cargos temporários, compondo diversos “escalões”. Assim, questiono-me: O que será que impede o Estado brasileiro de investir em seus valores e a esfera pública em seus próprios servidores? Os países que mais crescem e exportam tecnologia para o mundo têm nos ensinado que é preciso manter os melhores quadros, produzindo em seus territórios. Aqui, na terra de Poti e em algures, contraditoriamente, há servidores que são excelentes profissionais nas equipes de empreendimentos privados, enquanto na gestão pública, salvo exceções, resta-lhes o papel de coadjuvantes de patéticas trapalhadas de quem é muito “versátil” ou de quem não sobrevive sem as delícias do poder, ainda que efêmero.






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Lúcia Helena Pereira




Lúcia Helena Pereira, Nasceu em Ceará - Mirim / RN . Cursou o primário e o ginasial no Instituto Maria Auxiliadora (das irmãs salesianas). Cursou o primeiro pedagógico no CIC - Colégio Imaculada Conceição e mais dois anos no Instituto Presidente Kennedy. Fez Licenciatura Plena em História / UFRN - 1974. Estudou o Curso Prático de Francês pela Aliança Francesa de Natal - 1960 a 1964. Escritora, Membro efetivo da AJEB - Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, onde exerceu, com sua eleição para a primeira Presidenta do RN 1990 a 1997 e primeira presidenta Nacional 1998 a 2000. Membro da Academia Feminina de Letras do RN - março de 2002. Membro de IHGRN - Instituto Histórico e Geográfico/ RN, eleita em novembro de 2004. Cônsul Poetas del Mundo de Ceará Mirim - Movimento com Sede em Santiago no Chile. Membro da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins- RN. Autora de 'Pássaro Azul de Asas Cor - de - Rosas' 1982 (poemas), Partípe da Breve Coletânea de Juvenal Antunes (1998), integrante de Antologias Nacionais e Regionais. Livros no PRELO: JUVENAL ANTUNES: sua vida, suas obras, seu grande amor e sua morte; Palcos da Infância; As Divinas Cartas.








ESTRELAS


Quero estrelas brancas em meu véu azul
Para entrar no céu,
como um anjo iluminado
Que se embeleza nas nuvens!
Quero estrelas douradas em meu véu de luz,
Como noiva num deserto,
coberto de sol e imensidão,
Buscando oásis,
palmeiras e um lindo corcel negro.
Quero estrelas banhadas em meus rios luminosos,
Rios de minha infância distante,
Como o rio d´água azul da minha terra!
Quero estrelas de esmeraldas em meu véu-canavial,
Para enfeitar o verdejante vale onde nasci,
Entre engenhos, riachos e olheiros!!!
Quero estrelas feitas só de sonhos para o meu poema.
Que elas brilhem sobre as pequeninas palavras
E possam salvar a parte do universo triste e infeliz!!!
Quero estrelas!
Lindas estrelas!
Brilhantes, fulgurantes,
Apenas estrelas...solitárias
ou em cortejos de luz,
Engrinaldando a coroa de luz dos meus olhos!









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Bianca Morelles Barros Cunha



Bianca nasceu e cresceu no sítio Riacho do Meio, município de Santana do Matos RN, atualmente está morando em Angicos. É filha de Manoel Barros da Cunha e Francisca Leda de Macedo. Tem duas irmãs, Tula e Linete e uma sobrinha querida, a Andréa. É casada com José Arnaud da Cunha. Cursou o Ensino Médio, gosta da natureza, em especial de gatos. Gosta também de assistir filmes, ler e escrever versos, tem um livro prontinho para ser editado. Hoje com 42 anos é muito alegre, criativa e participativa, é portanto uma poeta muito feliz.






Renovação

O chuvisco molha o chão
Depois vem o sol ardente
Esquenta a terra molhada
Faz eclodir a semente

A semente vira flor
Da flor vem a fruta linda
Da fruta a semente sai
A vida nunca termina

Mas se não fosse a chuva
Nada disto existiria
Não tinha vida na terra
Não tinha tanta alegria