quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O papel em branco de Jania Souza - poetisa potiguar


Jania Souza

Papel em branco

provavelmente
não consigo mais pensar (...)

mas, simplesmente me engano
nesse total desengano

há um papel ainda em branco
em busca de tintas
de imagens
palavras

perdido
totalmente sem rumo
dentro desse túnel escuro
que se nega completamente
e redundantemente
a permitir
a entrada da luz

é uma batalha entre titãs
tiranos e invencíveis
a todo custo
definem a conquista
do ganho supremo
para ambos

não há perdedores

só há a realização de um fio
tornado sem escândalo

na surdina em um verso
riscado a esmo
em um canto
do papel em branco

orgasmo de um sonho
simplesmente brilhante.

Um comentário:

Jania Souza disse...

Querida Flauzineide, só tenho a agradecer tão grande carinho. Obrigada do fundo do coração. Amo-te. Jania Souza