TIRADENTES
(Por: Emmanoel Iohanan*)
(Baseado em pesquisa, via INTERNET, de Rubens Barros de Azevedo –
Presidente da SBDE – Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores)
Em Pombal, Minas Gerais,
Há mais de duzentos anos,
Nascia um destemido
Herói e cheio de planos.
Ele mudaria a história
De um Brasil vil e tirano.
A arte desse herói
Era dentes arrancar
Inda mui jovem aprendeu
Com os próprios pés caminhar
E quem nunca ouviu na vida,
Em Tiradentes falar?
A velha Pombal é hoje,
Cidade de Tiradentes.
Distrito São João Del Rei
Homenagem ao inconfidente
Que pagou com a própria vida
Pra vê meu País decente.
Dona Maria Antônia
Da Encarnação Xavier
Foi a sua genitora
Mulher forte e de fé
Que partiu e deixou órfão
Joaquim José Xavier.
Com dez anos de idade
E uma dor que o consumia
O Joaquim José da Silva
Também logo perderia
O seu tão querido pai,
Que para o Eterno partia.
Domingos da Silva Santos,
O seu pai, um português,
Um pequeno fazendeiro
Humilde, mas com altivez
Se foi, mas, deixou Joaquim
Amparado, em honradez.
Já órfão de pai e mãe,
E tendo que trabalhar
Encontrou no seu padrinho
Forças pra caminhar.
Seu Sebastião Ferreira,
O fez dentista exemplar.
Outras profissões, porém,
Ele também abraçou
Receitou em Vila Rica
Aos pobres, se dedicou
Aprendeu mineração
O que muito lhe ajudou.
No ano um, sete, meia, sete (1767)
Xavier solicitou
A sua emancipação
E pros negócios rumou.
Heranças pra si deixadas
Por seu pai. Ele abraçou.
E em primeiro de dezembro
Ano, um, sete, sete, cinco (1775)
O nosso Joaquim José
Alistou-se, e eu não minto,
Ao Regimento de Dragões
Num posto já bem distinto.
E assim o nosso herói
Determinado e contente
Assumiu seu novo posto
Como Segundo Tenente
Na verdade, era Alferes...
A nossa história não mente.
Eis, porém, anos mais tarde,
Assumiu governador
Um tirano sem escrúpulos,
Vil e cheio de rancor
E toda Minas Gerais
Se estremecia em pavor.
Aquela Capitania,
Sob o comando do vil
Luis da Cunha Menezes,
Somente o cego não viu,
Tornava em escravo o povo
Do meu amado Brasil.
Ano, um, sete, oito, três (1783),
Foi quando o malvadeza
Assumiu sua função
A mando da realeza
E o povo antes livre
Sentiu a dor e a tristeza.
Foi aí que Tiradentes
Cansado de vê agruras,
Solidarizou-se ao povo
Pelo o qual, tinha ternura
Juntou-se a alguns amigos
E lhes propôs linha dura.
Linha dura no combate
Ao absurdo real
Que cobrava injustamente
Do povo, o irreal.
Impostos pagos em ouro...
Uma aberração total.
São Cem Arrobas de Ouro
Pro País nosso enviar,
A Coroa Portuguesa,
Por ano. Tinha que dar!
Porque se não desse, o povo,
Teria que completar.
Mesmo assim, os brasileiros,
Que viessem a encontrar
O cobiçado metal
Tinham que repassar
Um quinto do que encontrassem.
Sem direito a reclamar!
E assim em vários pontos
O País passou a ter
Pessoas inconformadas,
Com o que viam acontecer!
Dentre eles, Tiradentes
Que buscou o que fazer!
E assim, o nosso herói
Em reuniões secretas,
Tramava a liberdade
Do povo, essa era a meta
Ter um Brasil soberano
Traçando uma mesma reta.
Eis, porém, que da traição
Nem Jesus Cristo escapou.
Joaquim Silvério dos Reis
Logo, logo o delatou
E todos os insurretos
Com dura prisão pagou.
Porém, nosso Tiradentes
A culpa toda assumiu
Livrando seus companheiros
E sozinho prosseguiu.
Sua execução na forca,
Foi vinte e um de abril (21/04/1792).
Seu corpo esquartejado
A machado e salgado,
Foi exposto em vários cantos
Pra inibir, dizer: - Cuidado!!!
Quem for pego em inconfidência,
Poderá ser enforcado!
Durante todo o Império
Pedro Primeiro e Segundo
O nosso Mártir querido
Foi esquecido ao profundo
Somente a proclamação,
O fez ressurgir pro mundo.
Mas nada, jamais, será
Capaz de minimizar
Sua linda trajetória.
Por muito ouvirão falar
No homem que deu sua vida,
Pra um País libertar.
*Emmanoel Iohanan – Poeta Popular Potiguar, Membro da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN – SPVA / RN, Cônsul dos Poetas Del Mundo Z / L Natal-RN, Ativista Cultural, Compositor e Militante Político Social.
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