O sábado 6 de junho do ano 2009 amanheceu cinza em Natal. Por volta das 11h o santo chamado Pedro, acordou da intensa maratona de proteções e resoluções do dia anterior e, resolveu dar uma espiada na cidade. Estando impossível por causa das nuvens de chuva, pegou sua vassoura mágica e limpou tudo, visualizando assim a cidade dos potiguares.Observou as ruas e avenidas lavadas, os campos molhados e foi almoçar, deitando em seguida para novo repouso. Adiante no tempo, quando o relógio de Brasília apontava às 16h, acordou com pedidos intensos vindos de componentes de uma ONG natalense chamada Casa do Bem. Prestando atenção aos apelos, sentiu a necessidade de limpar novamente o céu naquela região para que acontecesse ali, na presença do satélite natural da Terra, o chamado Luau do Bem.Curioso com o nome daquela festa, pois ultimamente só aparecia por lá pedidos de tempo bom para para Arraiá da Pomba, São João na Casa de Vôts e Festa da Arrombada Feliz, São Pedro convocou uma turma legal e, sentados ficaram assistindo o Luau do Bem.São Pedro e seus convidados, em especial São João, Gandhi e Madre Tereza começaram a perceber que a grande maioria dos frequentadores da festa desciam o Morro de Mãe Luiza para a praia de Miami, em Areia Preta. Observou a relação dos convidados, muitos da sociedade potiguar, amigos do casal que estava prestes a contrair núpcias matutas, familiares, mas notaram que esse pessoal não chegava. Um ou outro carro parava, a grande maioria vinha mesmo a pé do morro, sendo pelo perfil, pessoas simples.Olharam uns para os outros e comentaram:- Tá vendo, festa sem álcool, sem flashs da imprensa e sem sorteio de brindes, não atrai ninguém. O povo rico gosta mesmo é de badalo. Esse negócio de fazer o bem, só mesmo na teoria. Falam alto para todo mundo ouvir que gostam de ajudar, mas na hora "h"...- Hômi nós somos santos, não podemos ficar aqui julgando. Exclamou São João.- É mesmo, vamos observar mais esta festa. Retrucou Gandhi. - Observem bem, as crianças estão no mais puro êxtase. Felizes, participam das quadrilhas, comem cangicas, milhos, sandubas do Pittsburg, jogam futebol na beira da praia, jogam capoeira, pescam brindes com as varinhas e dançam com a seleção musical do DJ Berto. Comentou São João.- Venho observando esta ONG ultimamente. Esse povo da Casa do Bem só faz coisa assim. O lance deles é deixar essas crianças e adultos de Mãe Luiza e de outros bairros carentes de Natal felizes. Conseguem empregos, promovem aulas, formam grupos de dança, capoeira, futebol, surf, levam as crianças para pontos culturais e turísticos, para hotéis e estão correndo atrás de construir um espaço para abrigar todos estes projetos que estão ainda em lugares diferentes e, para ampliar o bem recebendo almas boas para a realização de ações diversas.- E percebam que fazem tudo sem política. O lema deles é fazer o bem sem olhar a quem. Lembrou Madre Teresa.- Precisamos apoiar esse povo. Respeitando o livre arbítrio, é claro, vamos estar sempre por perto para que esse casal que todo ano casa numa tradição, sendo essa ai a matuta, não enfraqueça nessa missão do bem. Falou Gandhi.- Sabemos que não é fácil, que é uma luta constante e, vejam só, numa festa legal dessa, maravilhosa, quase ninguém ligado a eles aparece. Os amigos ali a gente conta nos dedos. - Mas nós estamos aqui para ajudá-los. Eles continuarão assim mesmo e cumprirão a missão do bem.- É isso, vamos todos ajudá-los e influenciar as pessoas de Natal para que ajudem na construção da Casa do Bem e da cultura da paz. O bem deve prevalecer apesar da indiferença e das prioridades da maioria.- Pois é, observem as outras festas, a bebida e as drogas comendo no centro, outras só para os ricos ganharem mais dinheiro e todas lotadas. Revelou triste São João. - Vamos então abençoar o casal e as crianças que estão no Luau do Bem. Enviemos anjos para que o casamento deles seja iluminado por nossas energias celestiais.E assim, caros amigos, foi o Luau do Bem de junho, com o casamento matuto de Flávio & Andrea, um banho de luzes divinas, alegrias incontáveis e maravilhosas oportunidades de servir.A Casa do Bem continua firme no propósito de ser útil e agradece a Ventura, Nelino, Dj Berto, Cláudio Lopes, Pittsburg, Rodrigo Santana, William Collier, Neiwaldo Guedes e aos que atenderam nosso convite e prestigiaram, levando cestas básicas que vão servir para nossas obras humanitárias.Agradecemos ainda ao Canindé Soares pelas belas fotos e ao Pittsburg pelos sanduiches.Luz e paz para todos na construção de um planeta Terra mais feliz.
Recebi e agradeço, da minha amiga poeta, Lúcia Helena Pereira
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