domingo, 29 de março de 2009

A Poeta potiguar Clevane Pessoa

Mulher(es)

Mulher menina,
mulher felina,
mulher de malandro,
mulher de escafandro,
camioneira, lavadeira,copeira
garçonete, femme, fêmea,
woman, cientista, ilusionista,
lavradora, pintora, professora...
Mulher apenas, fruto de penas,
falenas, grandes ou pequenas...
Mulheres intuitivas,
mulheres esquivas,
atiradas, sobrecarregadas
apaixonadas, bem e mal-amadas...
Transparentes, intransigentes,
ardentes, inconseqüëntes,
tortas e direitas,
certas e erradas,
sempre valentes,
mesmo se parecem acovardadas...
Mulheres loucas, enlouquecidas,
redentoras, redimidas, provedoras,
analfabetas, doutoras
donas de casa, donas de nada,
patroas e empregadas,
mucumas ou sinhás no tempo antigo,
balconistas, artistas,
executivas, executadas,
livres e aprisionadas,
vítimas e agressoras,
agressivas, esquivas,
tímidas e rapaces,
pessoas com necessidades de enlaces,
pessoas fugindo da raia,
voando, se libertando,
chegando, partindo... Ah que lindo ser Mulher,
todas mulheres em Mim
gritam sonâncias, relembranças, momentos,
emprestam suas vivências,
sussurram segredos,
explicam receitas,
sangram, riem ou choram...
Tenho um átimo de cada mulher
do Mundo nas minha feições,
na minha alminha,
essa adulta sempre menina,
essa criança sempre madura,
erotíssima e tão pura...
Todas cantam e choram em meu self,
pois todas nós estamos nas demais
em traços infinitesimais-
e nenhum homem parece
entender a prece
que em uníssono entoamos
umas pelas outras, sempre...

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
[Cônsul - Z-C-Belo Horizonte-MG]

ps: A foto de Clevane é do artista plástico Alessandro Pessoa Lopes ( filho da poeta )


Um comentário:

POTYVERSANDO disse...

A Clevane Pessoa de Araujo, Minha madrinha!



Clarividência...

Ao som da voz proferida, defino o AMOR que prego
Não divaga sonhando acordado, afaga a alma sentida
Volitando no mesmo espaço...

Fadas erguendo as asas flanando no tempo mente
Á buscar a realidade nos sonhos pertinentes
Vejo o que sinto e toco, encandeando coração,

Amando sou brasa ardendo sou fagulhas de paixão
Fornalhas purificam a vida, clareza incinera alma.
sons que avivam a aragem, pra brisa dançar no tempo.

Eco... Reverberando grito no erguer das asas foliando;
Saltita plantações de trigo, pousando nos arrozais
Aquietando-me ouvindo das harpas os sons angelicais...

Silêncio, a musica ouço embalar-me ao sopro do vento
Verto lágrimas de alegrias, ao farfalhar minhas asas
Não semeio palavras vazias, arando o solo da Poesia!

Diz o AMOR que não perece no coração que sofreu
Cavalgando canaviais, no MIPIBU que nasceste
sou devota de São José que a vidência me deu...

Não sonho com banquetes acordando a fome

Voando a lírica nas lúdicas asas, flano horizontes
Sinto que falo e vejo. Antevejo que viverei,
Evidente AMALA-EI!

15/O7/2005

Deth Haak
' A Poetisa dos Ventos"
Cônsul Poeta Del Mundo-RN
Sociedade dos Poetas Vivos e Afins d o RN
Cercle Univ. Ambassadeurs de la Paix