sexta-feira, 18 de julho de 2014

Flauzineide de Moura Machado, poetisa de Areia Branca/RN



 

Barco da solidão


Era lá que me escondia
Meus anseios lá deixava,
Me sentia segura,
E navegava em meus sonhos,
Esfacelados.
O barco era pesado de tanto me ouvir
Chorar.
Ele não zarpava, porque comigo queria ficar:
Era minha companhia,
Meu mundo, meu amigo, meu céu, meu ar!...
Do barco da solidão,
Eu via as estrelas e a lua
A me espreitarem.
Só elas eram minhas confidentes.
Um dia, um belo dia,
O barco zarpou,
Comigo lá,
E devagar caminhou
Eu sorri,
Sorri a cantar!

Do livro Poética Minha 2002
 Flauzineide Machado

3 comentários:

Fátima Alves - Poetisa da Caatinga disse...

Adorei caminhar por seu recanto. E viajei contigo no seu barco da solidão. E vou postá-lo no meu blog.
Saudações poéticas!

Flauzineide disse...

Obrigada poetisa querida! Aproveito para lhe pedir mais poemas e novas fotos, abraços,

Flauzineide disse...

Obrigada poetisa, obrigada pela homenagem, um grande abraço, saudades!

Flauzineide