Fátima Carvalho é poeta potiguar.
Eis aqui a prova de que quando o coração manda a gente escreve. Vamos ler o poema homenagem da poeta?
O fim de um hibisco vermelho
Em mim de repente senti a saudade
De um singelo hibisco vermelho
Que ao sopro da brisa vi cair no chão
Enquanto eu estava
Limpando com carinho o jardim
Era fim da tarde de ontem
E a morte ou passagem da flor
Tão bonita foi que me tocou
E eu a admirei em silêncio
Com um cantar poético
Que em minha alma surge de repente
Em momentos inesperados
E esse foi um deles
Pois sempre vejo o vento
Derrubar as flores em final de tarde
Fato que me deixa sensível
Pois amo exuberância das flores!
Porém, esse hibisco
Que caiu ainda viçoso e feliz
Me trouxe um sentimento diferente
Tão forte que fui até aquela flor
Para colocá-la na lixeira
E desisti...não a toquei
Ela estava frágil e bela naquele chão
E a deixei repousar até o dia seguinte
Afinal, acho belo o chão com as flores caídas
E como eu havia acabado de limpar
Debaixo da sua roseira
E tinha recolhido o lixo florido
Com um cantar poético
Fui inspirada novamente
Com esse cenário de beleza e passagem
Aí, pensei um milhão de coisas...
Pensei na mamãe, na minha irmã Maria...
E pensei no nosso final...
Pedi a Deus para que se possível for
Que o meu final terrestre
Vinha em paz , igual ao final do meu hibisco
E minha inspiração não foi embora
Ficou me mostrando a flor vermelha caindo
Ao mesmo tempo que me fazia pensar
No nosso fim...
Aí fiquei inquieta...
Pensei em escrever naquele momento
Porém, como estava muito ocupada
Pois tinha todas as minhas plantas pra regar
Resolvi deixar pra lá...
E continuei com a alma cantando...
Até esquecer a cena poética presenciada
Mas ao amanhecer recebi uma notícia
Que me trouxe de volta a cena da flor
A noticia era triste...muito triste...
O nosso secretário de Educação Rui pereira
Havia morrido nessa noite
Num trágico acidente automobilístico
E eu “por acaso” naquela tarde
Tinha assistido a um DVD
Cujo personagem era o seu irmão Jaime
Que usava uma camisa vermelha
E estava com uma criança nos braços
Também vestida na cor vermelha
Coincidência ou não...
Isso Aconteceu comigo
E eu logo atribuí sentido
A minha inspiração
Pois o Secretário era jovem
E penso que morreu em paz
Igual aquele hibisco vermelho
Que vi cair no final da tarde de ontem
Afinal ele estava indo pra ficar com sua família
E com certeza seu coração estava feliz
Hoje, toda vez que vi o noticiário sobre o caso
Lembrei do hibisco!
E por isso resolvi dedicar o meu sentir
A esse homem que nem o conheço direito
Mas que seu viver foi tão bonito
Que o fim de uma flor por mim presenciado
Deus me inspirou a com ele compará-lo
E dizer para seus familiares
Que a flor se vai...
Mas a sua essência não morrerá
Porque há muitos corações
Nos quais seu perfume e sua beleza
Já estão para sempre eternizados...
Maria de Fátima Alves de Carvalho/12.02.2010
Texto dedicado a família do Senhor Rui Pereira dos Santos
Em mim de repente senti a saudade
De um singelo hibisco vermelho
Que ao sopro da brisa vi cair no chão
Enquanto eu estava
Limpando com carinho o jardim
Era fim da tarde de ontem
E a morte ou passagem da flor
Tão bonita foi que me tocou
E eu a admirei em silêncio
Com um cantar poético
Que em minha alma surge de repente
Em momentos inesperados
E esse foi um deles
Pois sempre vejo o vento
Derrubar as flores em final de tarde
Fato que me deixa sensível
Pois amo exuberância das flores!
Porém, esse hibisco
Que caiu ainda viçoso e feliz
Me trouxe um sentimento diferente
Tão forte que fui até aquela flor
Para colocá-la na lixeira
E desisti...não a toquei
Ela estava frágil e bela naquele chão
E a deixei repousar até o dia seguinte
Afinal, acho belo o chão com as flores caídas
E como eu havia acabado de limpar
Debaixo da sua roseira
E tinha recolhido o lixo florido
Com um cantar poético
Fui inspirada novamente
Com esse cenário de beleza e passagem
Aí, pensei um milhão de coisas...
Pensei na mamãe, na minha irmã Maria...
E pensei no nosso final...
Pedi a Deus para que se possível for
Que o meu final terrestre
Vinha em paz , igual ao final do meu hibisco
E minha inspiração não foi embora
Ficou me mostrando a flor vermelha caindo
Ao mesmo tempo que me fazia pensar
No nosso fim...
Aí fiquei inquieta...
Pensei em escrever naquele momento
Porém, como estava muito ocupada
Pois tinha todas as minhas plantas pra regar
Resolvi deixar pra lá...
E continuei com a alma cantando...
Até esquecer a cena poética presenciada
Mas ao amanhecer recebi uma notícia
Que me trouxe de volta a cena da flor
A noticia era triste...muito triste...
O nosso secretário de Educação Rui pereira
Havia morrido nessa noite
Num trágico acidente automobilístico
E eu “por acaso” naquela tarde
Tinha assistido a um DVD
Cujo personagem era o seu irmão Jaime
Que usava uma camisa vermelha
E estava com uma criança nos braços
Também vestida na cor vermelha
Coincidência ou não...
Isso Aconteceu comigo
E eu logo atribuí sentido
A minha inspiração
Pois o Secretário era jovem
E penso que morreu em paz
Igual aquele hibisco vermelho
Que vi cair no final da tarde de ontem
Afinal ele estava indo pra ficar com sua família
E com certeza seu coração estava feliz
Hoje, toda vez que vi o noticiário sobre o caso
Lembrei do hibisco!
E por isso resolvi dedicar o meu sentir
A esse homem que nem o conheço direito
Mas que seu viver foi tão bonito
Que o fim de uma flor por mim presenciado
Deus me inspirou a com ele compará-lo
E dizer para seus familiares
Que a flor se vai...
Mas a sua essência não morrerá
Porque há muitos corações
Nos quais seu perfume e sua beleza
Já estão para sempre eternizados...
Maria de Fátima Alves de Carvalho/12.02.2010
Texto dedicado a família do Senhor Rui Pereira dos Santos
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