Para recitar Zelma
È bom lhe conhecer bem
Ter ciência da força da flor do campo
Que resiste a qualquer estação
Não morre fácil só quer florescer
E encantar as paisagens menos favorecidas.
Para recitar Zelma
Tem que ter sensibilidade
Para captar os anseios e os sonhos
De uma águia que alça voou e voa alto
Em busca da divindade
Da realização.
Para recitar Zelma
Tem que ter simplicidade
Para querer ser quase igual a ela
Reconhecendo seus feitos
Vendo suas competências
Conhecendo suas fraquezas
Buscando suas essências
Percebendo sua espiritualidade.
Ter que ter complacência, humildade
Para reconhecer que esta mulher chamada Zelma
Não vai embora sozinha, caminha junto,
Plantando sementes,
Colhendo os frutos de seu trabalho,
De sua missão que é:
Flauzineide de Moura Machado para a escritora e poeta Zelma Bezerra Furtado de Medeiros no momento em que a mesma recebia homenagem na Praça da Cultura no Canto do Mangue em Natal- dia 04 de abril de 2009.
À Poetisa Zelma Furtado.
Zaratrusta assim falou ao Mestre Câmara Cascudo,
Eu concordo com ele, ditirambo solado da história
Lima da pedra bruta, Zelma Furtado mulher escudo!
Mantém viva tantas mulheres acordando á memória,
A porta voz de nosso círculo, entoa seu canto noturno!
Balbuciando abecedário que sola mais valia em glória
Estendendo as mãos aos olhares abjetos e soturnos.
Zênite da sabedoria, percorre adjetivos da desmemoria
Estiliza o Memorial da Mulher Potiguar e os insumos
Rutilantes de o intenso vozear em sua convocatória,
Regala a posteridade o encanto mensurado dos fumos
Abismados, no doar a plenitude a revoada ilusória...
Furtando da noite a insônia, a traçar de nos os Rumos;
Ultimando sonhar, a fazer jus à viagem, versa dedicatória
Reiterando de saber, o não sabido templario dos planos,
Tatuando-nos na fonte borbulhante dos tantos mundos...
Acepção da Academia Feminina de Letras na oratória
Diviniza Mulheres Poetisas adornando-as de presságios
Ovacionando as linhas impressas no brotar das inglórias.
Desejando ver brilhar nos céus dos anos, os estúrdios
Estiados no perdurar eleito por Heráclito a convocatória...
Miríades cintilantes, nacaro de verbos ancestrais lúdicos;
Eqüidistantes a jorrar de mananciais vividos na diretória
Dual concedido, limando as eras trilhadas por pudicos
Entremeados de anseios roucos na linguagem da vitória,
Incitada pelo Filósofo justo, a Poetisa de Poemas pulcros
Rateia as interrogações mal interpretadas na interlocutória
Olvida de si mesma, buscando passado e florindo vultos
Salientados das imagens, a ungida na presente trajetória!
Deth Haak
A poetisa dos Ventos
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semeadura de Ceres
a deusa que rege a vida...
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